9 Meses de sonho!

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terça-feira, 20 de julho de 2010

Os primeiros dias do bebê em casa

As dúvidas e os problemas

Voltar para casa com um novo membro da família é um acontecimento marcante e extraordinário. Mas pode ser, também, o início de um período de dificuldades, cansaço e por vezes angústias. Este regresso a casa, após a permanência na maternidade, é feito cada vez mais cedo, sendo, na maioria dos hospitais, entre os 2 e 4 dias após o nascimento, dependendo do tipo de parto.

A situação é mais complicada porque existe pouca ajuda, e poderão ocorrer momentos em que se sente abandonada e só. São raras as visitas domiciliárias por profissionais de saúde, como em alguns países, os familiares estão longe ou pouco motivados para o aleitamento materno, praticamente não existem grupos de apoio.

Este é o período em que se verificam os maiores desafios para o estabelecimento do aleitamento materno com sucesso, durante o qual se pode confrontar com diversas dúvidas e encontrar alguns dos problemas mais complicados de ultrapassar.

Aqui falaremos de alguns aspectos particulares, não esquecendo que em outros locais deste sítio encontra resposta para algumas das questões mais importantes deste período tão complicado para algumas mães.

Para poder evitar e ultrapassar alguns dos problemas que, com alguma frequência, ocorrem nesta fase, deverá, ao sair da maternidade:
saber a quem recorrer em caso de necessitar de ajuda;
assegurar apoio e ajuda por parte dos familiares para se concentrar na amamentação e ter tempo para descansar;
estar confiante de que é capaz de amamentar o seu filho;
conhecer as posições em que pode dar de mamar;
ser capaz de posicionar o bebé e ajudar a fazer a pega;
saber como tirar leite.

Deverá, ainda:
amamentar a pedido, frequentemente, sem horários, sem limitações de tempo (mas pelo menos 8-10 vezes/dia);
não dar outro tipo de leites ou líquidos;
não usar biberões ou chupetas;
assegurar uma consulta no médico para o seu filho 4 a 5 dias após a alta do hospital.


Os primeiros dias em casa
Acabou de ter um filho e está muito motivada para dar de mamar. Isso não quer dizer que não se vá deparar com problemas mais ou menos importantes, mais ou menos fáceis de resolver. Vai precisar de uma grande disponibilidade para si e para o seu bebé, assim como vai precisar de tempo para amamentar frequentemente e, por vezes, demoradamente.

Procure ter poucas visitas e descansar adequadamente, mesmo que para isso algumas tarefas não sejam realizadas. Uma boa estratégia consiste em dormir sempre que o bebé o faça, porque para ele não existe diferença entre dia e noite e vai querer mamar a qualquer hora. Coloque o berço ao seu lado no quarto, de forma a conseguir confortar e tratar do bebé sem ter que se deslocar.

A subida do leite acontece, na maioria das mães, por volta das 48 horas, mas pode acontecer alguns dias mais tarde. Este atraso na subida do leite pode dar-lhe a noção de que não tem leite e a tentação de recorrer a leites artificiais. Evite os biberões e procure dar de mamar frequentemente, acordando o bebé de vez em quando se este se mostrar muito sonolento.

Não utilize chupetas nas primeiras semanas de vida, enquanto o aleitamento materno não estiver bem estabelecido. A forma de mamar é diferente na mama e no biberão, provocando a chamada "confusão dos mamilos" que cria dificuldades ao bebé levando a lesão dos mamilos com gretas e maceração, e ainda diminuindo a produção de leite.

Não dê água ao bebé, mesmo com tempo quente, ou sumos ou leites artificiais. O leite materno é tudo o que ele precisa, já que a sua composição se adapta às suas necessidades.

O comportamento dos bebés é muito variável. Existem bebés mais calmos, mais adormecidos ou, por outro lado, mais nervosos. Terá que adaptar-se ao comportamento do seu filho acordando-o se for muito sonolento, ou confortando-o se for mais agitado. Não tenha receio de dar colo e confortar o bebé, porque não é verdade que "se habitue".

A existência de escassa produção de leite é mais frequentemente provocada por dificuldades associadas à técnica da amamentação, como o posicionamento do bebé e a pega. Tente perceber o que poderá estar mal, mas o mais sensato parecer ser procurar ajuda de alguém com experiência em aleitamento materno. Se não corrige o que está mal pode levar a uma eficácia menor e ingestão insuficiente de leite por parte do bebé.

Não se esqueça que, mesmo se estiver muito motivada, não deve a todo o custo tentar amamentar se o processo estiver está a correr mal. Procure ajuda. Ter ajuda não significa incapacidade ou incompetência, mas antes um fenómeno normal, já que a maioria das mulheres necessitam de ajuda nesta fase.