9 Meses de sonho!

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terça-feira, 20 de julho de 2010

Existem alimentos que alteram o sabor do leite ou fazem mal ao bebé?

Hoje em dia não existem alimentos proibidos para a mulher durante o período da amamentação, embora saibamos que alguns bebés podem reagir a alguma coisa que a mãe tenha comido. Em cada cultura ou país existem opiniões diferentes acerca de determinados alimentos que podem causar transtornos no bebé, como gases, choro, irritação, dificuldades em dormir, ou recusa ao leite. No entanto, é importante ter em mente que, quando a mãe pensa que um certo alimento pode causar problemas, é possível que tenha a tendência de atribuir a esse alimento qualquer problema que surja. Mas é impossível saber previamente quais bebés irão reagir e a que alimentos. Ainda que se tenha o conhecimento de uma série de alimentos que podem "afectar" o leite materno causando reacções nos bebés, o método de "tentativa e erro" pode ser o seu melhor guia, uma vez que estas reacções variam muito de bebé para bebé.







O quadro abaixo fornece uma lista dos principais alimentos responsáveis por reacções nos bebés quando ingeridos pelas mães durante o período de amamentação, bem como soluções para o controlo do problema. Pode ser um bom começo observar a reacção do seu bebé a estes alimentos. Assim, além de evitar que ele passe por situações desagradáveis, passará a conhecê-lo ainda mais. Para isso, tenha o cuidado de não ingerir vários destes alimentos na mesma refeição ou em refeições muito próximas.

Os brócolos, as couves, a couve-flor, a couve-de-bruxelas, o repolho e alguns outros tipos de hortícolas da família das crucíferas, além dos pimentos, pepino e nabo, apesar de muito ricos nutricionalmente, podem alterar o sabor do leite e causar desconforto (formação de gases) e irritação, que normalmente duram até 24 horas, no bebé.

Esteja atenta aos sinais que o bebé pode apresentar durante a mamada (rejeição ao leite) e após a mesma (gases, choro, irritação, dificuldades em dormir) se ingeriu um destes alimentos. Se estes sinais forem evidentes, procure primeiro reduzir a frequência de consumo e as quantidades ingeridas. Se o problema persistir, deixe de consumir o referido alimento pelo menos nos primeiros meses de amamentação, quando o seu bebé ainda está mais sensível. Depois volte a introduzi-lo em pequenas quantidades para testar a reacção do seu bebé.

Os espargos, a cebola e o alho podem, igualmente, alterar o sabor do leite.

Muitos bebés até gostam, mas é prudente não exagerar e observar a reação do seu.

O leite e os derivados (leite, queijos, iogurtes e até a manteiga) podem causar reacções alérgicas no bebé. É mais provável que isso ocorra se houver história de alergia ao leite e derivados na família.Os sintomas podem aparecer, desde minutos, até horas após a mamada, e vão, desde diarreia, irritações de pele, desconforto e gases, à coriza (nariz a escorrer), tosse, pieira e congestão nasal.

Se suspeitar deste facto, corte todos os lacticínios da sua alimentação por duas semanas para ver se o bebé melhora a sua condição. Esteja atenta também a todos os alimentos que contenham lacticínios. Volte a ingerí-los gradativamente após duas semanas. Se o bebé piorar novamente, converse com um profissional da equipa de saúde (médico ou enfermeiro) o mais rápido possível para verificar a necessidade de eliminar ou substituir este grupo de alimentos na dieta e talvez fazer uma suplementação de Cálcio. Os produtos à base de soja (leite de soja e tofú) podem ser uma opção. Mas também é necessário observar a reacção do bebé a estes produtos. As hortícolas, como o agrião, os brócolos, a couve galega, a couve lombarda, a couve branca, a couve portuguesa, a couve roxa e os grelos, a sardinha e as amêndoas são também boas fontes de cálcio.

O chocolate pode causar irritabilidade e aumentar os movimentos intestinais do bebé.

Modere o consumo de chocolate. O consumo de chocolate deve ser ocasional e moderado para todas as pessoas e a lactante não é uma excepção. Se notar que o seu filho é sensível, deixe de consumir chocolate enquanto estiver a amamentar.


Os citrinos (laranja, toranja, limão, tangerina), os morangos e o kiwi podem causar algum tipo de reacção no bebé. Os sintomas mais comuns são: desconforto, vómito, diarreia, ressecamento e vermelhidão na pele e coriza (nariz a escorrer).


Se estes sinais forem evidentes, retire alguns alimentos suspeitos da sua alimentação por uma semana e reintroduza-os um a um até descobrir o culpado, que pode ter que ser eliminado da sua dieta.

As leguminosas (feijões, grãos, favas e lentilhas), apesar de muito ricas nutricionalmente, podem causar desconforto (formação de gases) no bebé.


Esteja atenta aos sinais que o bebé pode apresentar após a mamada (gases, choro, irritação, dificuldades em dormir) se ingeriu leguminosas. Se estes sinais forem evidentes, primeiro varie a qualidade, reduza a quantidade e fraccione entre as refeições o consumo dos alimentos deste grupo. Se não houver resultados positivos, pode ser necessário deixar de consumí-los.

Qualquer alimento que manifeste alergia em si, no pai ou em parentes próximos do bebé pode causar alergia também ao bebé. Os alimentos que mais frequentemente causam alergia são: o leite e os seus derivados, o trigo, os citrinos (laranja, toranja, limão, tangerina), o milho, os frutos secos oleaginosos (nozes, avelãs, amendoins, amêndoas, etc) e os mariscos. As reacções alérgicas no bebé variam entre diarreia, irritações de pele, desconforto e gases, coriza (nariz a escorrer), olhos a lacrimejar, vermelhidão na pele e eczemas, choro freqüente e dificuldades em dormir.

Evite todos os alimentos que causem alergia em si e no pai do bebé e esteja atenta à reacção do bebé a alimentos que causem alergia em parentes próximos do bebé. No caso destas reacções serem evidentes, corte o consumo dos referidos alimentos e converse com o seu médico a respeito do assunto, principalmente quando se tratar do leite e derivados e do trigo, uma vez que podem ser necessárias suplementações e orientações mais precisas.

Mas, atenção! Não faça nenhum tipo de restrição na sua dieta sem antes ter a certeza de que os alimentos estão realmente a fazer mal ao bebé. O mais prudente é conversar com o seu médico ou enfermeiro de referência.